Nossa
vida é repleta de situações onde temos que optar entre arriscar ou não
arriscar. Muitas pessoas escolhem uma vida mais tranquila, sem muitos
sobressaltos devido a segurança que tal atitude pode oferecer, já outras
preferem ser mais ousados em suas decisões e em sua vida. Porém a questão é se,
no mundo altamente competitivo que vivemos alguém está seguro
profissionalmente? Até algumas décadas atrás estar empregado, ou ser um empresário
era possuir segurança econômica e porque não dizer até social. Mas essa
realidade mudou, o mundo se tornou pequeno e a competitividade tornou-se feroz
e acabou por modificar muitos conceitos.
O
fato é que atualmente já são poucos os profissionais que permanecem por muitos
anos numa mesma empresa, pois a necessidade de crescimento profissional e a
necessidade de estar sempre atualizado obrigam as pessoas a reverem suas metas
pessoais e profissionais. Inúmeros estudos apontam que o tempo médio de
permanência dos profissionais atuais nas empresas gira em torno de três anos e
já tem indícios claros que esse tempo irá diminuir ainda mais com a entrada da
nova geração no mercado de trabalho.
A
juventude que está ingressando no mercado de trabalho está acostumada com uma
dinâmica de vida diferente dos seus pais. A atual geração, devido a tecnologia
tem uma percepção de tempo bastante diferente dos seus pais. A ascensão da
tecnologia tornou as pessoas mais dinâmicas, mas menos satisfeitas com o senso
comum. Permanecer muito tempo num só lugar, ou seja, num mesmo emprego passou a
ser visto como perda de tempo e prejuízo no ponto de vista de novos
conhecimentos, novas fronteiras intelectuais. Aí vemos claramente que os jovens
não possuem mais medo de arriscar, talvez justamente por possuírem anseios
diferentes de seus pais ou porque simplesmente não possuem o mesmo temor aos
riscos. O certo que está característica dos profissionais tornou o mercado de
trabalho muito mais dinâmico e, inclusive as empresas tiveram que se adaptar a
essa nova realidade social. A criação de planos de carreiras, maiores
benefícios aos funcionários, normas de trabalho mais brandas e possibilidade de
moldar o trabalho a sua maneira criou um profissional diferente, capaz de ser
mais eficaz e mais comprometido apesar de possuir mais liberdade na realização
do seu oficio.
A
nova dinâmica de vida mudou conceitos, porém há ainda o temor, por parte de
muitos profissionais de arriscar e alçar “novos voos”, o que muitas vezes
impede o crescimento profissional e pessoal. Ficar preso a uma instituição às
vezes pode ser benéfico do ponto de vista de segurança do empregado, mas cada
vez mais tem sido visto como acomodação. O mundo mudou, e o mercado acompanhou
tais mudanças, fazendo com que as demandas mudassem e as concepções das
instituições a cerca do perfil de seus colaboradores também mudassem. Hoje é
preciso estar atento à nova dinâmica de mercado de trabalho que muitas vezes
valoriza muito mais o aventureiro profissional (individuo que não se apega a
empresa e está sempre em busca de novos conhecimentos). Um individuo com tal
perfil destaca-se por estar muito mais atento as mudanças que estão ocorrendo
diariamente a sua volta e devido a isto, é capaz de agregar conhecimento e experiência
de grande importância a sua empresa. O que as instituições mais querem
atualmente é poder contar com funcionários capazes de mante-la no topo da
demanda de mercado. Fica claro que as relações trabalhistas mudaram devido as
mudanças tecnológicas, sociais e econômicas. E aí, o que você acha? Para sermos
bem sucedidos no mercado de trabalho, é necessário arriscar ou não?
Sinueh Treslen
Sinueh Treslen