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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Saudade, nostalgia ou predestinação

Às vezes perco horas “viajando” nos meus pensamentos, imaginando como seria bom viver dentro de outra realidade... O caso é que sempre sonhei e continuo aspirando uma vida com um ritmo mais próximo do bem-viver, ou seja, de forma mais harmônica com a natureza como um todo e com minha própria natureza. Penso inúmeras vezes que isso pode ser saudade ou até nostalgia do tempo em que era criança e jovem, época em que assim como inúmeras famílias, meus pais possuíam um pequeno sítio de lazer. Sitio este que apesar de ter o tamanho de uma pequena colônia – mais ou menos 25 hectares – servia somente ao nosso propósito de lazer, e gerava um bocado de trabalho para a sua manutenção. Para nós filhos, tudo era motivo de alegria, como morávamos numa cidade grande, sair da cidade e ir para o interior sempre era motivo de alegria, trabalhávamos muito, pois a vegetação não nos dava trégua e crescia mais rápido do que conseguíamos cortar. Mas este período da minha vida foi muito marcante, serviu como palco de muitas aventuras e desventuras de criança; muitas cicatrizes no meu corpo são resquícios deste tempo bacana. Passamos muitos bons momentos em família, fosse curtindo um chimarrão, um churrasco ou uma melancia bem geladinha à sombra das copas das inúmeras arvores que rodeavam a casa centenária que havia na propriedade, já o riacho que cortava a propriedade e possuía pequenos poços nos possibilitava tomar banhos de arroio, desfrutando como piscina natural nos verões quentes do Rio Grande do Sul. Certamente seria preciso inúmeros textos para descrever todos bons e nem tão bons momentos que tive naquele sítio da família. Mas como tudo na vida, um dia a propriedade se tornou um peso para todos nós, meu pai já não tinha o pique jovial que possuía quando comprou, os filhos cresceram e assumiram seus próprios compromissos, mas a idéia de ter uma pequena propriedade jamais me abandonou. Devido a isto, preciso inúmeras vezes me auto-avaliar e tento em vão me responder se o que sinto em relação a isto é saudade, nostalgia ou é meu destino morar no interior e tornar realidade a idéia de viver mais próximo da natureza e longe dessa loucura que é os grandes urbanos.

Um comentário:

  1. Dizem que a decisão que traz paz ao coração eh a que mostra o caminho certo!!! Critica Bandida

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